A revolução das mídias sociais

A criação publicitária passou por uma fase de transição no início dos anos 90. Uso a palavra transição pois acho mais adequada. Nas agências de publicidade, os computadores tomaram o lugar das pranchetas e das máquinas de escrever. Diretor de arte e redator passam a conviver com essa pressão inerente ao desenvolvimento tecnológico que exige mais e mais conhecimento destas áreas.

Começa, neste período, o processo que resulta na chamada revolução das mídias sociais. Da informatização à internet é um pulo, determinando o crescimento vertiginoso de novas mídias, abrindo variadas possibilidades para a criação. Revolução e novo, dois termos que parecem perseguir os profissionais de publicidade dia-a-dia.

A revolução das mídias sociais, de André Telles, coloca em tópicos as principais características e possibilidades que surgiram/surgem mascaradas sobre o termo redes sociais. O próprio autor avisa:

“A ideia de rede social começou a ser usada há cerca de um século para designar um conjunto complexo de relações entre membros de um sistema social a diferentes dimensões. A partir do século XXI, surgiram as redes sociais na internet, e, do ponto de vista sociológico, permanecem os mesmos conceitos. A revolução das mídias sociais aconteceu sem se derramar uma gota de sangue, diferentemente da revolução francesa.”

A ideia, portanto, não é nova, surpreendente seria o impacto que isso causa em profissões como publicidade e marketing. O autor enumera por tópicos algumas das principais mídias sociais, com dicas de seu melhor uso e alguns cases. Twitter, Facebook, Linkedin, MySpace, Orkut, estes termos que o internauta conhece bem pois transita diariamente aqui e ali, buscando este relacionamento social. Mas no mundo dos negócios, onde sofrem publicitários e profissionais de marketing, ainda são universos em formação, se você pensar nas possibilidades criativas de comunicação.

O livro funciona como uma espécie de manual e seu mérito está justamente em enumerar dicas e possibilidades, apontar alguns caminhos, exemplificar com estratégias de sucesso. A partir daí, se abrem as possibilidades e volto à abertura deste texto. Os termos revolução e novo, a princípio, assustam profissionais de criação publicitária. Com o tempo, o talento das ideias passa a ser aplicado para estes direcionamentos. Sobressaem, então, os profissionais talentosos, aqueles que fazem esta transição sem grandes traumas e, de uma forma ou de outra, são os grandes mentores da revolução. É o que acontece hoje com as mídias sociais: começam a aparecer as grandes ideias, os cases de sucesso, os profissionais que entendem verdadeiramente que o termo revolução está diretamente relacionado a ideias.

Manuais, livros, técnicas aplicadas às redes sociais são apenas ferramentas. O verdadeiro trabalho do profissional de criação continua tão antigo quanto a própria profissão de publicitário: a busca incessante de boas ideias.

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