
Após a primeira guerra mundial, a jovem guerreira de mãos mecânicas Violet Evergarden trabalha em uma instituição como redatora de cartas. Ela é uma Boneca de Automemória e é designada como dama de companhia de Isabela York que mora em uma escola de meninas de boas família. “Esta é minha prisão. Uma escola de meninas separada do mundo por muros altos. Todas as alunas vêm de famílias respeitáveis ou se casarão com alguém respeitável.” Reflete Isabela logo na abertura do filme.
A função de Violet é fazer com que Isabella tenha sucesso como debutante, ensinando durante três meses cultura, conversação, etiqueta e dança. Além de professora, Violet inspira sentimentos e afetos. No entanto, Isabela tem um passado enigmático, está presa em memórias traumáticas. Ela viveu a vida miserável das ruas, lutando dia a dia em busca de pão para sobreviver. Ela encontra, também nas ruas, Taylor, menina indigente. As duas vão morar juntas e Isabela dedica sua vida a cuidar da irmãzinha. Quando a família nobre de Isabella a descobre e a resgata da miséria, Taylor é enviada para um orfanato. O destino das irmãs separadas se cruza com Violet, que passa a acalentar os sonhos e os corações das jovens, principalmente com as cartas que escreve.
O longa de animação é baseado no anime de estrondoso sucesso Violet Evergarden. A história é plena de memórias, afetos, gestos simbólicos, cartas emocionantes que perpassam o tempo. “Basta dizer meu nome e nosso vínculo durará para sempre.” “O carteiro entrega felicidade.” Frases que dizem do mundo no qual vivemos, distantes de afetos, sem cartas para recuperar memórias e sentimentos.
Violet Evergarden: eternidade e a boneca de automemória (Japão, 2019), de Haruka Fujita.