O mundo mágico das animações da Disney

Nas manhãs de domingo, o pai deixava os filhos na porta do cinema. Estacionava o carro na Rua Padre Eustáquio. Os dois filhos maiores andavam na frente, ele seguia atrás de mãos dadas com a filha caçula. Comprava os ingressos, balas, pedia alguns cuidados, recomendava ao mais velho “olho nos seus irmãos”. Esperava os filhos passarem pela roleta, acenava e deixava os meninos com a alegria das matinês de domingo, no mundo mágico dos filmes de animação da Disney.

Walt Disney (1901-1966) começou trabalhando com desenhos de publicidade enquanto fazia mini filmes de animação. Criou alguns dos personagens animados mais divertidos, como Mickey Mouse, Pluto, Pateta, o Pato Donald. Ousado, irreverente, não media esforços em suas experiências. A partir de 1937, escreveu seu nome na história do cinema, criando uma série de animações em longa-metragem.

Branca de Neve e os sete anões (1937) e Pinóquio (1940) levaram o universo misterioso dos contos de fadas para as telas. Fantasia (1940) é o clássico da animação: ousadia estética, harmonia perfeita entre desenhos  e a música erudita de Dukas, Beethoven, Stravinsky, Bach, Tchaikovsky, Schubert, entre outros.

A fase áurea da Disney continuou com Cinderela (1950), Alice no país das maravilhas (1951), A dama e o vagabundo (1955), A bela adormecida (1959).

Depois da morte de Walt Disney, em 1966, a Disney passou cerca de 20 anos em uma fase de decadência criativa, com filmes pouco expressivos. A pequena sereia, lançado em 1989, praticamente fez o estúdio renascer. A tecnologia digital comandou os projetos a partir daí e o estúdio mostrou ao mundo pelo menos mais dois clássicos: A bela e a fera (1991) e O rei leão (1994).

Falta um personagem nesta lista de favoritos. Um menino que se recusa a crescer, mora em uma terra habitada por crianças, índios, piratas e o adorável crocodilo que nada ao som de relógio na barriga. Para indicar o caminho desta terra, ele responde simplesmente, “segunda estrela à direita, direto até o amanhecer”. Peter Pan (1953) é mais do que uma animação da Disney. É todo o universo da Disney, feito de fantasia, sonhos e desejos de milhões de crianças que cresceram com os olhos e os corações nesse mundo.

Assisti a vários destes filmes de animação em felizes manhãs de domingo. Quando ainda existiam cinemas de bairro e matinês. Quando irmãos de mãos dadas se deixavam levar para a fantasia, na certeza de que no final os pais estariam esperando na porta do cinema.

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