
O diretor Clint Eastwood fecha espécie de trilogia baseada em atos heroicos perpetrados por soldados e pessoas comuns, incluindo Sniper Americano e Sully: o herói do Hudson. A história na qual se baseia 15H17 – Trem para Paris aconteceu em 2015, quando um marroquino aterrorizou os passageiros de trem que ia de Amsterdã para Paris. Três amigos americanos à bordo impediram a tragédia e foram saudados como heróis por autoridades e pela população.
Clint Eastwood escalou os próprios salvadores para interpretarem seus papéis no filme. A primeira parte da trama narra a relação de amizade entre os três no colégio, depois os caminhos separados que seguiram até o encontro em uma viagem pela Europa. Nesse ponto, embarcam no trem e protagonizam o combate contra o terrorista. O mérito do filme está em colocar atores não profissionais vivendo suas próprias odisseias, sem a exigência de interpretação. É quase uma reconstituição registrada pelas câmeras, sem grandes sequências de ação, pois dentro do trem quase tudo foi movido pelo acaso. Não é o melhor de Clint Eastwood, mas o diretor continua com seu olhar clássico para o cinema.
15H17 – Trem para Paris (The 15:17 to Paris, EUA, 2018), de Clint Eastwood. Com Anthony Sadler, Alek Skarlatos, Spencer Stone.