
Zula chega a uma casa no interior da Polônia para participar de concurso de canto. A casa abriga uma espécie de conservatório mantido pelo governo comunista, cuja intenção é montar grupos para difundir a música polonesa tradicional, reforçando os valores patrióticos. O maestro e compositor Wictor é responsável pela seleção e ensaios dos candidatos.
Guerra fria tem espetacular fotografia em preto e branco, acentuando o tom dramático do país envolto nas questões políticas que negam a liberdade individual. Wictor e Zula se apaixonam e percorrem o país em apresentações musicais. Zula se torna cantora de sucesso, mas Wictor acalenta o sonho de fugir da Polônia e seguir sua carreira em Paris. A bela e melancólica trilha sonora pontua a história marcada pela tentativa de permanência do amor confrontado com as escolhas de Zula e Wictor. A tristeza recorrente da incapacidade de adaptação dos expatriados é outra forte presença na película que concorreu ao Oscar de filme estrangeiro.
Guerra fria (Zimna Wojna, Polônia, 2018), de Pawel Pawlikowski. Com Joanna Kulig (Zula), Tomasz Kot (Wictor).