
O filme faz parte da série Comédias e Provérbios, de Éric Rohmer, começando, como sempre, com uma citação (neste caso, o provérbio foi inventado pelo próprio diretor): “Quem tem duas mulheres perde a alma, quem tem duas casas perde a cabeça.”
A jovem Louise mora nos arredores de Paris com seu namorado, o tenista Remi. Trabalha em Paris, onde tem um apartamento que está alugado. Quando o inquilino deixa o imóvel, Louise decide decorá-lo e fazer dali sua segunda morada, onde decide passar alguns dias da semana sozinha.
Louise representa a mulher que busca sua emancipação, desejosa de ter liberdade em seus relacionamentos. Ela ama Remi mas quer aproveitar suas noites em baladas, longe do namorado. Seu companheiro destes momentos é Octave, casado, mas que nutre uma paixão por Louise – que em diversos momentos se transforma em puro assédio.
Através de suas comédias e provérbios, Éric Rohmer traça um retrato descompromissado e descontraído da juventude. Em Noites de lua cheia, os personagens estão envoltos nos conflitos provocados pelos relacionamentos amorosos, por desejos de liberdade, de novas experiências. A infidelidade de Louise, de Remi, de Octave, despeja no espectador o frescor da juventude.
Noites de lua cheia (Les nuits de la pleine lune, França, 1984), de Éric Rohmer. Com Pascale Ogier (Louise), Tchéky Karyo (Remi), Fabrice Luchini (Octave), Virginie Thévenet (Camille).