Os jogadores de xadrez

Dois nobres indianos passam todo o tempo jogando xadrez. Enquanto uma crise assola o país, a Índia foi anexada ao Império Britânico e os golpistas exigem a abdicação do rei, a única preocupação deles é com o interminável jogo. 

Os jogadores de xadrez foi realizado em uma época na qual a censura imperava na Índia. A alegoria de nobres absolutamente desinteressados e passivos diante dos conflitos sociais e políticos foi a forma do aclamado diretor Satyajit Ray tecer sua crítica mordaz. A narrativa se passa em 1856, mas pode ser visto, ainda hoje, como um retrato satírico da colonização que assolou países do mundo inteiro, sob o olhar complacente da política e das elites locais. 

Os jogadores de xadrez (Shatranj ke khilari, Índia, 1977), de Satyajit Ray. Com Sanjeev Kumar (Mirza), Saeed Jaffrey (Mir Roshan), Shabana Azmi (Khurshid), Farida (Nafisa). 

O amigo da minha amiga

O filme é uma espécie de ciranda amorosa. Dois casais de amigos moram e trabalham nos arredores de Paris. Lea e Fabien são namorados ocasionais, não se decidem pelo relacionamento. Alexandre é um jovem sedutor, desejado por diversas mulheres. Blanche está solteira e em conflito com sua dificuldade em manter namoros. Blanche se apaixona por Alexandre, que nutre desejos por Lea. À medida que conhece melhor Blanche, Fabien se encanta mais e mais pela garota. 

O amigo de minha amiga é o último filme da série Comédias e Provérbios, de Éric Rohmer: “Os amigos dos meus amigos são meus amigos.” A narrativa segue os passos dos quatros jovens, com destaque para Blanche, e seus encontros e desencontros amorosos. Tudo com descontração e bom humor, refletindo as incertezas da juventude diante de seus relacionamentos. O final do filme é divertido e deixa no ar este gosto de quero mais do cinema de Eric Rohmer. 

O amigo da minha amiga (L’Ami de mon amie, França, 1987), de Éric Rohmer. Com Emmanuelle Chaulet (Blanche), Sophie Renoir (Lea), Eric Viellard (Fabien), François-Eric Gendron (Alexandre).