
Esse filme noir francês é reverenciado por vários cineastas modernos, como Martin Scorsese. Como nos bons filmes do gênero, a trama é composta por personagens marginais, que vivem e frequentam as boates, becos e antros do crime de uma grande cidade.
Max acabara de realizar um grande roubo, pacotes de ouro em barra, e planeja se aposentar. No entanto, Ritton, seu grande amigo e parceiro no roubo, revela o acontecido à sua namorada Josy, uma jovem dançarina de cabarés. Josy está apaixonada por Angelo, outro gangster da cidade, e repassa a informação a ele. O que se segue é um conflito sanguinário pela disputa da mercadoria entre Max, Angelo e seus comparsas.
O filme tem uma grande sequência de ação, à noite, em uma estrada, quando Max vai trocar as barras de ouro com Ângelo, que sequestrara Ritton. Explosões e rajadas de metralhadora enchem a tela noturna, marca do cinema noir. No entanto, a narrativa é centrada nos conflitos pessoais entre os protagonistas, principalmente entre os amigos Max e Ritton. É um filme sobre a amizade, sobre o envelhecimento, sobre sentimentos nobres que se sobressaem à crueldade dos bandidos, sobre a ambição e a cobiça.
Grisbi, ouro maldito (Touchez pas au grisbi, França, 1954), de Jacques Becker. Com Jean Gabin (Max), René Dary (Riton), Lino Ventura (Angelo), Jeanne Moreau (Josy), Angelo Dessy (Bastien), Michel Jourdan (Marco).