
Vez por outra o espectador se depara com filmes que se destacam apenas pela forte atuação dos protagonistas. É o caso de Era uma vez um sonho, cujo destaque reside na interpretação de Glenn Close, indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante pelo papel de Mamaw, uma avó, fortemente maquiada, que assume os cuidados de seu neto, Vance.
A história, baseada em fatos reais, segue o ponto de vista de Vance, primeiro na infância, quando passava férias com os avós, depois como um jovem advogado, morando com a família em Ohio. O tema central são as conturbadas relações familiares, marcadas por sugestões de abusos domésticos, alcoolismo e profundas crises depressivas. Sem grandes destaques narrativos, a história segue os contornos do melodrama familiar, centrados na relação entre Vance e sua mãe, que luta contra a depressão e o alcoolismo.
Era uma vez um sonho (Hillbilly Elegy, EUA, 2020), de Ron Howard. Com Amy Adams (Bev), Glenn Close (Mamaw), Gabriel Basso (Vance), Haley Bennett (Lindsay), Bo Hopkins (Papaw).