Duelo

Duelo (França, 1976), de Jacques Rivette, é um dos filmes mais experimentais do aclamado diretor da nouvelle-vague francesa. A narrativa acompanha a batalha de dois seres místicos: A Rainha do Sol, Viva (Bulle Ogier) contra a Rainha da Noite, Leni (Juliet Berto). O centro da disputa é um diamante mágico, mas no caminho das duas se interpõe a jovem Lucie (Hermine Karagheuz) e seu irmão Pierre (Jean Babilée), que se torna objeto de desejo das rainhas. 

O filme é um desfile extravagante de figurinos e cenários, transformando a clássica Paris em um virtuosismo de cores e cenas oníricas. A cidade ganha contornos esótericos como palco, quase sempre noturno, do duelo das rainhas. 

O filme faz parte do ciclo criado por Jacques Rivette Scènes de la vie parallèle, projeto que seria composto por quatro filmes interconectados, cujas temáticas seriam místicas e míticas, espécie de narrativas paralelas ou realidades alternativas. No entanto, apenas Duelo foi concebido de acordo com a ideia original. 

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