
A bela garota (Lituânia, 1969), de Arūnas Žebriūnas.
A influência da nouvelle-vague francesa percorreu o mundo durante os anos 60, ajudando na realização de obras em países pouco conhecidos em relação à sua filmografia. Na Lituânia, o diretor Arunas Zebriunas compôs um filme curto e simples, recheado de reflexões sobre a infância.
Inga (Inga Mickyte), uma menina de nove anos, mora com a mãe solteira. Ela é reverenciada por seus amigos e amigas como “a bela”, é sempre incentivada a dançar e cantar na roda, destilando sua simpatia e carisma. Um novo garoto, Victor (Arvidas Saukas), se muda para o bairro e, diferente de todos, não vê beleza na garota, chamando Inga de feia e sardenta.
A jornada que se segue é a busca de Inga pela sua identidade, pelo autoconhecimento, percorrendo ruas e ambientes da cidade ao lado de Victor. A estética em preto e branco e a interpretação natural das crianças são o destaque desta obra reveladora do cinema lituano.