
O castelo animado (Japão, 2004), Hayao Miyazaki.
Sophie é uma menina que trabalha em uma chapelaria. A Bruxa das Terras Devastadas entra na loja e lança uma maldição sobre Sophie: no dia seguinte, ela acorda como uma senhora de 90 anos. Em sua jornada para tentar quebrar o feitiço, em meio a dois reinos em guerra, a velha Sophie descobre um mundo fantástico, cruzando com personagens surreais: o espantalho Cabeça de Nabo que a segue aos pulos; a assustadora feiticeira Suliman; o jovem Markl; o mago Howl, que se transforma, como uma espécie de O médico e o monstro; e Calcifer, labaredas de fogo que move o grande trunfo da animação: O castelo animado.
“O Castelo Animado é algo inacreditável, uma daquelas criações audiovisuais que eu poderia ficar observando os detalhes por horas e horas a fio sem me cansar. Misturando estruturas de castelo, casa, aparências de seres biológicos e mais uma infinidade de partes móveis em um simulacro steampunk que maravilhosamente colide e combina com os cenários citadinos no estilo europeu do começo do século XX, o grande artifício chamativo do longa é um delicioso e triunfal Frankenstein tecnomágico de se tirar o chapéu.” – Ritter Fan (Plano Crítico).
Miyasaki usou como base o livro de fantasia homônimo de Diana Wynne Jones para construir uma trama antibelicista, uma forma de protesto contra a invasão do Iraque pelos Estados Unidos. O diretor esperava que o filme fosse mal recebido nos EUA, mas acabou sendo indicado ao Oscar de Melhor Animação.