
Sally, uma jovem e ingênua garçonete, se apaixona pelo pianista que toca onde ela trabalha. O caso resulta em uma gravidez, mas o pianista muda de cidade, em busca do seu sonho de ser compositor. A jovem vai à sua procura, mas é renegada e abandonada. Desesperada, sua decisão é se internar em uma instituição que cuida de jovens solteiras grávidas e buscam pais adotivos para as crianças.
Mãe solteira é o primeiro filme dirigido pela consagrada Ida Lupino. Ela assumiu o filme durante as filmagens, substituindo Elmer Clifton, que sofreu um ataque cardíaco. Lupino tinha 31 anos e foi responsável pelo roteiro do filme, além de atuar como co-produtora.
Lupino impôs um olhar feminino ao drama de Sally, sofrendo com o abandono e as angústias quase insuportáveis da sua decisão de ceder o filho para adoção. Uma característica marcante de Mãe solteira, fruto da experiência da diretora como atriz no cinema clássico americano, é a narrativa visual, com momentos dramáticos transmitidos por planos longos e pela montagem com cortes secos e precisos.
Mãe solteira (Not wanted, EUA, 1949), de Ida Lupino e Elmer Clifton. Com Sally Forrest (Sally Kelton), Keefe Brasselle (Drew Baxter), Leo Penn (Steve Ryan).