Human flow: não existe lar se não há para onde ir

O premiado artista chinês Ai Weiwei  compôs um painel impactante e doloroso sobre a situação de refugiados espalhados pelo mundo. Durante um ano, o diretor e sua equipe filmaram o cotidiano de 40 campos de refugiados, em 23 países, entre eles: Líbano, Quênia, Bangladesh, a fronteira entre o México e os Estados Unidos.

“Não é apenas um problema político, mas uma questão humanitária e moral”, afirmou o diretor. As imagens do documentário, com uma edição primorosa, retratam o lado humano dos refugiados: o cuidado que eles têm uns com os outros, a luta pela sobrevivência em situações muitas vezes precárias, o sofrimento pela indefinição das condições dos refugiados de apátridas.

As imagens são acompanhadas de informações de estarrecer, por exemplo, só no Iraque, quatros milhões de pessoas já abandonaram suas casas desde os anos 80; 56 mil refugiados sírios, iraquianos e iranianos cruzam a Grécia toda semana. O documentário é muito mais do que uma denúncia, é uma potente declaração humanitária que deveria ecoar fundo nas nações que fecham os olhos diante dessa escravidão moderna. 

Human flow: não existe lar se não há para onde ir (Human flow, Alemanha/EUA, 2017), de Ai Weiwei.

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